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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Os Melhores Filmes de 2010 - PARTE I

No quesito cinema, o ano de 2010 foi bastante proveitoso pra mim [não que no resto não tenha sido, mas como o blog é sobre cinema não vou contar aqui minhas alegrias e frustrações amorosas]. Segundo minha listinha modesta e pretensiosa, eu vi 83 filmes [uauuuuu já posso ganhar uma bala juquinha, né não?!], com exceção dos que já tinha visto e vi de novo. Eu selecionei 20 que foram os meus preferidos, ou porque me fizeram rir sem parar ou porque me fizeram chorar desesperadamente. Falarei brevemente sobre cada um e eles serão dividos em 2 posts pra não ficar imenso [se é que isso é possível]. A ordem escolhida foi apenas alfabética. Espero que gostem e que pelo menos uma dessas obras desperte em quem esteja lendo a vontade de mergulhar nesse mundo belíssimo que é o da 7° arte.


A Lista de Schindler: Como já postei aqui, esse foi sem dúvida não só um dos melhores do ano, mas sim um dos melhores que já vi na minha vida. Me torno repetitiva ao listar os motivos dele ter arrebatado todo o meu carinho e respeito. Sem dúvida amaior obra de Spielberg, com excelentes atuações que arrepiam e surpreendem a cada cena.


A Malvada: Bette Davis sempre foi sinônimo de DIVA e sempre será. Em A Malvada não poderia ser diferente. A trama conta a história de Eve Harrington, vivida por Anne Baxter, jovem atriz que antes de alcançar o estrelato foi secretária as atriz Margo Channing [Bette Davis]. O filme, todo em preto e branco, tem pitadas de um humor refinado e foi a primeira aparição nas telinhas da ainda apagadinha Marilyn Monroe. A Malvada mostra extamente o que acontece na vida real: a que ponto as pessoas são capazes de chegar para conseguirem o que querem.


Bonequinha de Luxo: Um clássico para os amantes de Audrey Hepburn [eu!]. Conta a história de Holly [Audrey], uma garota de programa que acaba se apaixonando por um jovem escritor. O filme é, sem dúvidas, uma aula de elegância e sofisticação por parte de Audrey, que brilha em seus modelitos que até hoje são imitados mundo à fora. Um filme leve, descontraído e que consegue ainda arrancar algumas gostosas risadas.


Busca Implacável: Saindo bastante da área de filmes antigos e cults, Busca Implacável foi uma feliz surpresa. Liam Neeson vive Bryan, um agente aposentado da CIA que tem sua filha sequestrada por uma quadrilha que escraviza e vende mulheres brancas. Até ai nada de novo, mais um filme como tantos que existem por ai. Porém, o filme prende sua atenção do começo ao fim, não cansa e você vive cada cena como se fizesse parte daquele momento. Muito bom!


Cabaret: Em uma Alemanha com os primeiros sinais do nazismo, vive a cantora Sally Bowles [Liza Minneli], que trabalha em um cabaret e sonha em um dia ser uma grande estrela conhecida internacionalmente. Lá ela conhece Brian [Michael York], um jovem professor recém chegado ao país e com ele passa a viver uma paixão. Cabaret é uma ótima pedida para os amantes de musicais!!!


Cães de Aluguel: Tarantino é sem dúvida um dos melhores diretores de todos os tempos [na minha humilde opinião]. É genial a forma como ele desenvolve uma trama e consegue entrelaçar todas de maneira sutil e inteligente. Cães de Aluguel é um filme inteligente, conta com elenco de grande peso, além de ser violento e sarcástico, marcas registradas de Tarantino.


Cantando na Chuva: De fato, musicais são a minha paixão. Acredito que as grandes estrelas responsáveis por esses espetáculos são as mais completas, já que dançam, cantam e encenam. Uma das maiores é Gene Kelly. Por esse e por vários outros motivos é que Cantando na Chuva até hoje é uma das maiores referências do gênero, sem jamais perder o brilho e a magia dos grandes musicais. Um filme que faz rir, emociona e contagia!!!


Clube da Luta: Já ouvi de muitas pessoas que assistiram ao filme a indignação [o termo é forte, mas é exatamente isso] do por que desse nome já que não há luta durante todo o filme. A esses me resta o silêncio, já que nem essa grande obra foi capaz de se explicar, como eu o poderia. Um grande filme, que não se restringe à luta entre corpos, mas principalmente a luta mental, do ''eu'' contra ele mesmo. Um sucesso, sem dúvida.


De Salto Alto: Não há nada mais relaxante e hilário do que Almodovar. Ele sabe a dose certa de drama e comédia em um mesmo filme. O filme conta a relação conturba entre mãe e filha e por tudo que elas passam até uma enfim aceitar a outra. Interpretações carregadas, muito choro e gargalhada, saltos e rasteiras da vida como só Almodovár sabe contar.


Eu, Christiane F. 13 anos, drogada e prostituída: O título por si só já causa grande impacto. O filme é baseado no livro de grande sucesso da década de 70 que conta a história de Christiane, uma menina nascida em um lar desestruturado que a partir dos 12 anos passa a se envolver com drogas e aos 13 começa a se prostituir por conta do vício. Um filme forte, mas não tão quanto o livro, que nos faz refletir sobre o efeito devastador que as drogas exercem na vida dos que a experimentam.


 




segunda-feira, 28 de junho de 2010

A lista de Schindler

Não me sinto no direito de escrever sobre uma produção cinematográfica como essa, porém sinto a necessidade de tal. Talvez minha ''análise'' seja superficial, cheia de lugares comuns e pobre. Mas mesmo estando ciente de todos os riscos que corro, escreverei.



A Segunda Guerra Mundial foi um dos mais tristes episódios da humanidade. Ouso dizer que nunca o poder destruidor do homem foi tão aguçado e utilizado. A intolerância foi levada às últimas consequências, culminando no massacre de milhões de judeus. É difícil pensar como pode nascer uma obra de arte em meio a esse cenário de destruição, dor, tristeza e sofrimento. Mas esse é um dos trunfos de uma grande obra de arte: do nada criar o tudo, da escuridão criar a luz, do horror criar a beleza. E Steven Spielberg soube como ninguém fazer isso.

A Lista de Schindler é, sem dúvida, um dos maiores registros sobre esse longo e tortuoso período. Tudo no filme está em perfeita sincronia. Repito, TUDO!

Se
Spielberg tivesse apenas retratado esse sanguinário episódio que mancha a história da humanidade, já teria sido um belíssimo trabalho. Mas o diretor não se limitou a isso: ousou ao introduzir em seu filme a história de Oskar Schindler e mais do que nunca acertou em cheio.

Rapidamente, contemos a história de Schindler: Oskar Schindler foi um empresário alemão conhecido por ter salvo mais de 1000 judeus do holocausto. No iníco da guerra, lucrou bastante à frente de uma fábrica de esmaltados, utilizando de mão de obra judia. Conforme a guerra continuou, Schindler foi o responsável por salvar milhares de vidas, colocando seus nomes em sua famosa lista, evitando que seus empregados judeus fossem enviados para campos de concentração, como
Gross-Rosen e Auschwitz. No final da guerra, já se encontrava falido e livrou-se de ser preso devido aos depoimentos de judeus que salvou. Morreu em 1974 e foi enterrado no cemitério cristão no Monte Sião em Jerusalém com honras de herói.

Definitivamente, é um grande filme. Mais que isso, é a maior obra de Spielberg. Utilizando-se do preto e do branco, dá o tom certo à história. Somente em dois momentos Spielberg usa uma cor diferente do preto e branco: o vermelho. E sem dúvida é emocionante.
Liam Neeson está BRILHANTE no papel de Oskar Schindler e é impossível não se cativar por sua atuação. Lamentavelmente, nunca vi Filadélfia e admito ser um gravíssimo erro de minha parte. Logo, não posso julgar se Tom Hanks merecia mais o oscar de melhor ator do que Liam Neeson. A única coisa que sei é que Liam foi brilhante.

Ao falar em obras de arte automaticamente penso em harmonia. Atores, fotografia, trilha sonora....tudo é harmoniozo.

A Lista de Schindler obteve de mim as mais doloridas e emocionadas lágrimas. Crianças sendo arrancadas de suas mães, mais do que tudo, me inseriram na mais completa desolação e dor. A cada momento me perguntava até que ponto chega a maldade humana. Que perversão é essa que alucina e faz um ser humano ter a certeza de ser superior a outro? Que verdade absoluta é essa que cega e nos faz agir como animais? Enfim, nada justifica, nada ameniza, nada....

Mas ao nos deparar com seres humanos como Oskar Schindler é que podemos mais uma vez ter esperanças de um mundo melhor. Para os mais céticos, é difícil acreditar que tenha existido um homem que utilizou de toda a sua fortuna para ajudar milhares de pessoas que mal conhecia. É como uma flor que nasce no deserto, é o bem que triunfa sobre o mal.

O filme ganhou o oscar de melhor filme, melhor direção para Steven Spielberg, melhor roteiro adaptado para Steven Zaillian, mehor montagem, melhor fotografia, melhor trilha sonora e melhor direção de arte. Ainda foi indicadonas categorias melhor ator para Liam Neeson, melhor ator coadjuvante para Ralph Fiennes, melhor figurino, melhor maquiagem e melhor som.


Um filme para emocionar tantas e tantas vezes, para nos fazer reavaliar nossos conceitos sobre humanidade e principalmente para termos a certeza de que não cometeremos mais erros e atrocidades que um dia tantos foram capazes de cometer...






''Esta lista é um bem absoluto
Esta lista ... é a vida
Em volta das suas margens fica o abismo''