domingo, 20 de fevereiro de 2011

Shopgirl

     Quem me conhece sabe muito bem o quanto sou chegada em um belo drama, repleto de excelentes atuações e de preferência muitas lágrimas. Não sei explicar ao certo o porquê dessa ‘’obsessão’’, só sei que é assim e ponto final. Contudo, às vezes sou pega de surpresa e me vejo encantada por um filme que até então não me despertava sequer a vontade de ler a sinopse. Quando isso acontece, sou obrigada a dar o braço a torcer e constatar que ser Cult demais é chato!


     Garota da Vitrine conta a história de Mirabelle, vivida pela lindinha Claire Danes [que conquistou por completo meu coração depois de Stardust – O Mistério da Estrela]. Mirabelle é um jovem que mora sozinha em um apartamento alugado, trabalha na chiquérrima Sack’s e é muito solitária. Um dia conhece o diferente Jeremy [Jason Schwartzman] e tem um rápido flerte com ele, mas é com a chegada de Ray [Steve Martin] que sua vida começa a se transformar.


     Ray é um homem bastante rico que se interessa por uma simples balconista que tem idade para ser sua filha. Isso causa no começo certa desconfiança em Mirabelle [e em mim também], mas com o tempo a mocinha da história se vê completamente envolvida e inserida na vida desse homem. Conforme a relação vai ficando mais intensa e íntima, há a necessidade por parte da mocinha [sempre] de deixar as coisas mais claras, melhor definidas. O que pareceria normal, soa desconfortável ao mocinho, que prefere deixar as coisas como estão. 


     Antes de vê-lo, a Garota da Vitrine me soava uma comédia, já que tinha em seu elenco Steve Martin, conhecido por filmes como Pai da Noiva, Doze é Demais, entre outros. O filme tem sim seus momentos cômicos, mas mesmo assim está muito longe de ser chamado de comédia. Também está a milhas de distância do drama mesmo em que sou chegada, mas mesmo assim conseguiu me ‘’arrancar’’ [entre aspas porque não foi tão difícil assim] algumas lágrimas.
     É um filme bem gostosinho de ver e bendita foi a hora que resolvi não mudar de canal.






sábado, 8 de janeiro de 2011

Os Melhores Filmes de 2010 - PARTE II

Como prometido, a segunda e última leva de filmes....


Janela Indiscreta: O que se pode esperar do ''Mestre do Suspense''?! Alfred Hitchcock jamais decepciona e nesse filme mais uma vez deixa clara a sua incrível habilidade de criar uma trama cheia de suspense e com a dose certa de humor. Um filme que não se cansa de assistir, com bela fotografia e ótimas atuações. Grace Kelly, antes de se tornar princesa de Mônaco, era a grande queridinha do diretor e nos oferece todo o seu charme e ótima atuação nesse filme. Brilhante!


Noivo Neurótico, Noiva Nervosa: Como já postei aqui fica mais fácil entender o porque da minha adoração por esse filme. Woody Allen, apesar dos pesares em relação as suas atitudes no âmbito pessoal, é um grande diretor e por vezes se mostrou um ótimo ator. Toda vez que vejo um filme dele me lembro bastante do pouco que conheço de Nelson Rodrigues e isso se resumiria na frase ''a vida como ela é''. Woody sabe perfeitamente evidenciar sentimentos nossos sem nenhuma hipocrisia. Ótimo!


O Fabuloso Destino de Amélie Poulain: Tem filmes que você se pergunta ‘’por que não vi antes?!’’ e com certeza esse é o caso de O Fabuloso Destino de Amelie Poulain. Um filme mais que especial, com narrativa envolvente, fotografia impecável e que te faz viajar por todos os sonhos possíveis. O filme conta a história de Amélia Poulain, uma jovem que ao descobrir em sua casa uma caixinha cheia de pertences de um antigo morador vê sua vida transformada e a dos que estão ao seu redor também. Posso vez milhares de vezes, mas Amelie Poulain sempre será mágico como da primeira vez.


 

O Leitor: Acho que nos últimos tempos não existe filme que tenha me emocionado mais do que esse. O Leitor conta a história de uma alemã chamada Hanna que acaba se envolvendo amorosamente com um rapaz mais novo e, alguns anos depois, se reencontram da maneira mais inesperada. Apesar da Segunda Guerra Mundial já ter oferecido muito pano pra manga para diversos filmes, sem dúvida O Leitor é um dos meus preferidos. Emocionante, atuações fortes e impecáveis [oscar muito merecido para Kate Winslet], o filme sensibiliza quem o assiste. Não há como permanecer indiferente e quando você se dá conta já está dentro da história de uma maneira impressionante. Um filme sensível, doce e ao mesmo tempo amargo, que nos faz refletir sobre as várias maneiras de amar e o sobre a força que um grande segredo pode exercer em nossas vidas. 


O Mágico de Oz: : Esse é um filme que todos deveriam assistir, não só crianças, mas também adultos. Conta a história da menina Dorothy que, após um tornado, acaba parando em Oz, um lugar cheio de magia, cores e encanto. Lá ela conhece o espantalho, o leão e o homem de lata e juntos tentam achar o Mágico de Oz para que enfim Dorothy voltar para sua casa. Passando por incríveis aventuras e perigos, Dorothy compreende o verdadeiro valor de uma amizade e os sacrifícios que as vezes precisamos fazer por um amigo. Um filme lindo e encantador, uma obra de arte moldada na doçura e magia que é ser criança.


Réquiem Para Um Sonho: Perturbador! A história de mãe e filho, uma viciada em comprimidos para emagrecer, enquanto o outro é viciado em drogas. Mostra a que ponto chega a degradação humana, o que as pessoas são capazes de fazer para sustentar um vício e no que podem se transformar escolhas mal feitas e caminhos mal seguidos. Um filme sobretudo chocante, narrativa inovadora que, contudo foi muito injustiçado pela Academia. Um triste olhar do desespero.


Seven - Os Setes Crimes Capitais: Genial! Forma brilhante como um lunático mata suas vítimas usando como premissa os sete pecados capitais. Um suspense que até hoje surpreende, com ótimas interpretações e enredo. Não perdeu a forma mesmo com o passar dos anos e até hoje é capaz de assustar e indignar. 


Tudo Sobre Minha Mãe: Almodavar mais uma vez dando o ar da sua graça por aqui. Mais uma vez deixo clara a minha admiração por esse autor cheio de tempero e encanto. O filme conta a história de uma mãe, que após perder seu filho vítima de um atropelamento, sai à procura do pai do rapaz para rever questão pendentes por todos esses anos de distanciamento. Interpretações carregadas, como sempre, são o ponto alto desse filme, que envolve mágoas, dores, alegrias e surpresas, tudo que há de mais natural nas relações humanas.Excelente!


Último Tango em Paris: Quando duas pessoas se encontram com o único objetivo de satisfazer seus desejos carnais e sexuais, quando não há sequer a revelação de seus próprios nomes, quando o mais importante é o agora. É nesse universo tão particular, tão envolvente, desmedido e impensável, que o Último Tango em Paris é revelado. Abordagem diferente e atuações verdadeiramente fortes são a marca registrada desse filme controverso, que sem dúvida chocou a sociedade na época de seu lançamento. Marlon Brando aparece como um homem atormentado, que vê na relação com uma desconhecida a forma para esquecer e aliviar suas angústias e sofrimentos. Último Tango em Paris mostra que às vezes quanto menos de sabe sobre o outro mais fácil é saber sobre si mesmo.


Preciosa - Uma História de Esperança: Um soco no estômago. A dura e triste realidade de uma jovem que vive um verdadeiro inferno com sua mãe, foi constantemente abusada sexualmente por seu pai e que não vê nenhuma expectativa de uma vida melhor após encarar sua segunda gravidez. O retrato revoltante de uma sociedade que não ampara seus filhos, que não faz nada para mudar realidades como essas, que infelizmente são tão comuns nos dias de hoje. Um filme que marca, que revolta, que humilha e que desespera. Atuações fortíssimas que são responsáveis por nos transportar ao filme, porém mais uma vez nos evidencia o quanto somos despreparados e incapazes de lidar com essa situação. Enfim, um filme para rever conceitos ou, na pior das hipóteses, nos fazer começar a pensar.


Bom, dá pra notar pelos 20 filmes que escolhi como os melhores de 2010 que não fui muito ao cinema. É verdade, tristemente é verdade. Por causa de todas essas chatice do dia a dia, por conta da senhora faculdade, entre outras coisas, vi muito filme em casa, deixando os lançamentos bastante de lado.  Uma das promessas para 2011 é ir mais ao cinema e espero cumpri-la.

 

 

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Os Melhores Filmes de 2010 - PARTE I

No quesito cinema, o ano de 2010 foi bastante proveitoso pra mim [não que no resto não tenha sido, mas como o blog é sobre cinema não vou contar aqui minhas alegrias e frustrações amorosas]. Segundo minha listinha modesta e pretensiosa, eu vi 83 filmes [uauuuuu já posso ganhar uma bala juquinha, né não?!], com exceção dos que já tinha visto e vi de novo. Eu selecionei 20 que foram os meus preferidos, ou porque me fizeram rir sem parar ou porque me fizeram chorar desesperadamente. Falarei brevemente sobre cada um e eles serão dividos em 2 posts pra não ficar imenso [se é que isso é possível]. A ordem escolhida foi apenas alfabética. Espero que gostem e que pelo menos uma dessas obras desperte em quem esteja lendo a vontade de mergulhar nesse mundo belíssimo que é o da 7° arte.


A Lista de Schindler: Como já postei aqui, esse foi sem dúvida não só um dos melhores do ano, mas sim um dos melhores que já vi na minha vida. Me torno repetitiva ao listar os motivos dele ter arrebatado todo o meu carinho e respeito. Sem dúvida amaior obra de Spielberg, com excelentes atuações que arrepiam e surpreendem a cada cena.


A Malvada: Bette Davis sempre foi sinônimo de DIVA e sempre será. Em A Malvada não poderia ser diferente. A trama conta a história de Eve Harrington, vivida por Anne Baxter, jovem atriz que antes de alcançar o estrelato foi secretária as atriz Margo Channing [Bette Davis]. O filme, todo em preto e branco, tem pitadas de um humor refinado e foi a primeira aparição nas telinhas da ainda apagadinha Marilyn Monroe. A Malvada mostra extamente o que acontece na vida real: a que ponto as pessoas são capazes de chegar para conseguirem o que querem.


Bonequinha de Luxo: Um clássico para os amantes de Audrey Hepburn [eu!]. Conta a história de Holly [Audrey], uma garota de programa que acaba se apaixonando por um jovem escritor. O filme é, sem dúvidas, uma aula de elegância e sofisticação por parte de Audrey, que brilha em seus modelitos que até hoje são imitados mundo à fora. Um filme leve, descontraído e que consegue ainda arrancar algumas gostosas risadas.


Busca Implacável: Saindo bastante da área de filmes antigos e cults, Busca Implacável foi uma feliz surpresa. Liam Neeson vive Bryan, um agente aposentado da CIA que tem sua filha sequestrada por uma quadrilha que escraviza e vende mulheres brancas. Até ai nada de novo, mais um filme como tantos que existem por ai. Porém, o filme prende sua atenção do começo ao fim, não cansa e você vive cada cena como se fizesse parte daquele momento. Muito bom!


Cabaret: Em uma Alemanha com os primeiros sinais do nazismo, vive a cantora Sally Bowles [Liza Minneli], que trabalha em um cabaret e sonha em um dia ser uma grande estrela conhecida internacionalmente. Lá ela conhece Brian [Michael York], um jovem professor recém chegado ao país e com ele passa a viver uma paixão. Cabaret é uma ótima pedida para os amantes de musicais!!!


Cães de Aluguel: Tarantino é sem dúvida um dos melhores diretores de todos os tempos [na minha humilde opinião]. É genial a forma como ele desenvolve uma trama e consegue entrelaçar todas de maneira sutil e inteligente. Cães de Aluguel é um filme inteligente, conta com elenco de grande peso, além de ser violento e sarcástico, marcas registradas de Tarantino.


Cantando na Chuva: De fato, musicais são a minha paixão. Acredito que as grandes estrelas responsáveis por esses espetáculos são as mais completas, já que dançam, cantam e encenam. Uma das maiores é Gene Kelly. Por esse e por vários outros motivos é que Cantando na Chuva até hoje é uma das maiores referências do gênero, sem jamais perder o brilho e a magia dos grandes musicais. Um filme que faz rir, emociona e contagia!!!


Clube da Luta: Já ouvi de muitas pessoas que assistiram ao filme a indignação [o termo é forte, mas é exatamente isso] do por que desse nome já que não há luta durante todo o filme. A esses me resta o silêncio, já que nem essa grande obra foi capaz de se explicar, como eu o poderia. Um grande filme, que não se restringe à luta entre corpos, mas principalmente a luta mental, do ''eu'' contra ele mesmo. Um sucesso, sem dúvida.


De Salto Alto: Não há nada mais relaxante e hilário do que Almodovar. Ele sabe a dose certa de drama e comédia em um mesmo filme. O filme conta a relação conturba entre mãe e filha e por tudo que elas passam até uma enfim aceitar a outra. Interpretações carregadas, muito choro e gargalhada, saltos e rasteiras da vida como só Almodovár sabe contar.


Eu, Christiane F. 13 anos, drogada e prostituída: O título por si só já causa grande impacto. O filme é baseado no livro de grande sucesso da década de 70 que conta a história de Christiane, uma menina nascida em um lar desestruturado que a partir dos 12 anos passa a se envolver com drogas e aos 13 começa a se prostituir por conta do vício. Um filme forte, mas não tão quanto o livro, que nos faz refletir sobre o efeito devastador que as drogas exercem na vida dos que a experimentam.


 




sábado, 14 de agosto de 2010

Notting Hill

O gênero comédia romântica possui dois tipos de público: os que amam e não perdem um e os que odeiam do fundo do coração. Eu faço parte dos que amam, com a única exceção de que perco um monte... rs.


''Um Lugar Chamado Notting Hill'' é um daqueles obrigatórios para qualquer amante dessa classe. O filme conta a história de Anna Scott [Julia Roberts mais uma vez sendo hiper idolatrada], uma atriz super badalada de Hollywood que se envolve com um pacato e discreto dono de uma livraria [Hugh Grant com sua habitual cara de cachorro que caiu da mudança rs]. Em meio a vários problemas, desencontros e decepções, obviamente o final todos já conhecemos.


Mas eu classifico ''Um Lugar Chamado Notting Hill'' um filme com algo a mais. As boas interpretações, o humor na medida certa, a interessante fotografia e a maravilhosa trilha sonora são pontos mega positivos nessa narrativa, que faz com que o filme não seja apenas mais um entre tantos que estamos cansados de ver.





Importante: Notting Hill é um bairro residencial da Inglaterra onde é rodado o filme. Possui feiras de antiguidade [que aparece no filme] e conserva um estilo de vida muito particular, que se assemelha a uma cidade pequena.


Enfim, é um filme delicado e delicoso de se assistir, que a cada dia surpreende mais por sua leveza e bom gosto. Uma ótima pedida.



Pra mim, a melhor cena do filme com uma das músicas que mais gosto na vida, com a interpretação de Bill Withers.

sábado, 24 de julho de 2010

Annie Hall




Divertido! Sem dúvida um filme divertidíssimo. ''Noivo neurótico, noiva nervosa'' foi uma feliz surpresa. Arrancou-me muitas risadas e logo alcançou a minha lista dos 10 mais.




O desenrolar do filme se dá em Nova York [como sempre, com exceção de Match Point] e conta a história do casal Annie Hall [Diane Keaton] e Alvy Singer [Woody]. Ela uma estilosíssima cantora no início da carreira e ele um judeu extramente neurótico, egocêntrico, com mania de perseguição e que faz análise há 15 anos. Uma coisa recorrente nos filmes do Woody Allen, estando ele atuando ou não, é sempre essa abordagem do dia a dia, do cotidiano, de forma despojada e cômica. Citando Nelson Rodrigues, nada mais é do que ''A vida como ela é''.



Sempre há aqueles questionamentos da vida, de si mesmo e sobre os outros, mas nunca fugindo do humor, logo não se torna algo pesado e cansativo de se ver. Woody costuma dizer que grande parte do seu trabalho é autobiográfico, nos gerando a dúvida: o que é ficção e o que é verdade? Até onde vai Alvy Singer e quando passa a ser Woody Allen? Na minha modesta opinião, são a mesma pessoa.


Até porque é muito melhor imaginar que uma pessoa como essa [excêntrica, neurótica e blá blá blá] só existe na ficção, mesmo estando ciente de que na vida real existem muitos assim.



Umas das muitas genialidades do filme são os diálogos que o próprio Woody mantem com o telespectador, usando desse artifício para criar um vínculo maior com o público. Genial, divertido, hilário e verdadeiro são alguns dos adjetivos que tenho para ''Noivo neurótico, noiva nervosa'', um filme descontraído da década de 70 e uma obra prima de Woody Allen.

Ganhou o oscar de melhor filme, melhor direção, melhor atriz para Diane Keaton, melhor roteiro original e ainda foi indicado na categoria melhor ator, para Woody Allen, que infelizmente perdeu.


''Eu nunca faria parte de um clube que aceitasse alguém como eu como membro''



Vale muito a pena!!!!



domingo, 4 de julho de 2010

Audrey no CCBB


Um dia, esquecendo-me completamente das milhares de coisas que tenho para fazer, fui passear no centro com duas amigas. Além de ter sido um dia super agradável, onde papos de mulherzinha reinavam, de quebra passei umas 4 horas dentro do CCBB.
Aquele lugar me fascina... Sem dúvida me sinto muito bem quando estou lá. Ele é tão mágico que não sinto vontade de ir embora, mas o cansaço bate, a hora passa e a vida tem que seguir seu curso...



Imagino que todos saibam, mas caso alguém que esteja lendo esse post se pergunte ''O que é CCBB?'' brevemente explicarei.

O Centro Cultural Banco do Brasil é um prédio, localizado no centro, pertíssimo da Igreja da Candelária. Ele é de 1880 e já foi sede do Banco do Brasil. Hoje abriga uma biblioteca imensa, auditório, salas de cinema, entre outras coisas. Enfim, lá você adquire cultura por osmose!



Como se não bastasse esse lugar ser magnífico só pelo fato de existir, ele ainda consegue me surpreender mais ainda. Essa semana começa no CCBB a exibição dos mais famosos filmes estrelados pela Audrey Hepburn, a diva!

Serão 7 filmes: ''A princesa e o plebeu'', ''Sabrina'', ''Bonequinha de Luxo'', ''Cinderela em Paris'', ''My fair lady'', '' Guerra e paz'' e ''Quando Paris alucina''.


Audrey Hepburn é uma referência até hoje, tanto no mundo do cinema quanto no mundo da moda. Elegante, simpática, talentosa e humilde, Audrey fez história. Em uma época em que mulheres baixas, com curvas generosas e loiras [Marilyn Monroe] eram ''as divas'', Audrey rouba a cena, sendo uma mulher esguia, alta, com cabelos escuros e olhos castanhos. Foi indicada 5 vezes ao Oscar, só ganhando na sua primeira indicação, ''A princesa e o plebeu''. Morreu em 1993 vítima de câncer de cólon.


Para sempre ''a bonequinha de luxo''....


segunda-feira, 28 de junho de 2010

A lista de Schindler

Não me sinto no direito de escrever sobre uma produção cinematográfica como essa, porém sinto a necessidade de tal. Talvez minha ''análise'' seja superficial, cheia de lugares comuns e pobre. Mas mesmo estando ciente de todos os riscos que corro, escreverei.



A Segunda Guerra Mundial foi um dos mais tristes episódios da humanidade. Ouso dizer que nunca o poder destruidor do homem foi tão aguçado e utilizado. A intolerância foi levada às últimas consequências, culminando no massacre de milhões de judeus. É difícil pensar como pode nascer uma obra de arte em meio a esse cenário de destruição, dor, tristeza e sofrimento. Mas esse é um dos trunfos de uma grande obra de arte: do nada criar o tudo, da escuridão criar a luz, do horror criar a beleza. E Steven Spielberg soube como ninguém fazer isso.

A Lista de Schindler é, sem dúvida, um dos maiores registros sobre esse longo e tortuoso período. Tudo no filme está em perfeita sincronia. Repito, TUDO!

Se
Spielberg tivesse apenas retratado esse sanguinário episódio que mancha a história da humanidade, já teria sido um belíssimo trabalho. Mas o diretor não se limitou a isso: ousou ao introduzir em seu filme a história de Oskar Schindler e mais do que nunca acertou em cheio.

Rapidamente, contemos a história de Schindler: Oskar Schindler foi um empresário alemão conhecido por ter salvo mais de 1000 judeus do holocausto. No iníco da guerra, lucrou bastante à frente de uma fábrica de esmaltados, utilizando de mão de obra judia. Conforme a guerra continuou, Schindler foi o responsável por salvar milhares de vidas, colocando seus nomes em sua famosa lista, evitando que seus empregados judeus fossem enviados para campos de concentração, como
Gross-Rosen e Auschwitz. No final da guerra, já se encontrava falido e livrou-se de ser preso devido aos depoimentos de judeus que salvou. Morreu em 1974 e foi enterrado no cemitério cristão no Monte Sião em Jerusalém com honras de herói.

Definitivamente, é um grande filme. Mais que isso, é a maior obra de Spielberg. Utilizando-se do preto e do branco, dá o tom certo à história. Somente em dois momentos Spielberg usa uma cor diferente do preto e branco: o vermelho. E sem dúvida é emocionante.
Liam Neeson está BRILHANTE no papel de Oskar Schindler e é impossível não se cativar por sua atuação. Lamentavelmente, nunca vi Filadélfia e admito ser um gravíssimo erro de minha parte. Logo, não posso julgar se Tom Hanks merecia mais o oscar de melhor ator do que Liam Neeson. A única coisa que sei é que Liam foi brilhante.

Ao falar em obras de arte automaticamente penso em harmonia. Atores, fotografia, trilha sonora....tudo é harmoniozo.

A Lista de Schindler obteve de mim as mais doloridas e emocionadas lágrimas. Crianças sendo arrancadas de suas mães, mais do que tudo, me inseriram na mais completa desolação e dor. A cada momento me perguntava até que ponto chega a maldade humana. Que perversão é essa que alucina e faz um ser humano ter a certeza de ser superior a outro? Que verdade absoluta é essa que cega e nos faz agir como animais? Enfim, nada justifica, nada ameniza, nada....

Mas ao nos deparar com seres humanos como Oskar Schindler é que podemos mais uma vez ter esperanças de um mundo melhor. Para os mais céticos, é difícil acreditar que tenha existido um homem que utilizou de toda a sua fortuna para ajudar milhares de pessoas que mal conhecia. É como uma flor que nasce no deserto, é o bem que triunfa sobre o mal.

O filme ganhou o oscar de melhor filme, melhor direção para Steven Spielberg, melhor roteiro adaptado para Steven Zaillian, mehor montagem, melhor fotografia, melhor trilha sonora e melhor direção de arte. Ainda foi indicadonas categorias melhor ator para Liam Neeson, melhor ator coadjuvante para Ralph Fiennes, melhor figurino, melhor maquiagem e melhor som.


Um filme para emocionar tantas e tantas vezes, para nos fazer reavaliar nossos conceitos sobre humanidade e principalmente para termos a certeza de que não cometeremos mais erros e atrocidades que um dia tantos foram capazes de cometer...






''Esta lista é um bem absoluto
Esta lista ... é a vida
Em volta das suas margens fica o abismo''